A Anatel anunciou nesta quarta-feira (1) o site Qual Empresa Me Ligou. A ferramenta permite que qualquer pessoa identifique a titularidade de uma linha telefônica, e isso pode servir para descobrir a origem de chamadas desconhecidas — especialmente aquelas que ligam sem parar.
A criação da plataforma estava prevista desde outubro de 2022, e faz parte das medidas da Anatel para combate ao telemarketing abusivo. O site Qual Empresa Me Ligou já está disponível e é muito fácil de usar: basta abrir o portal no navegador, digitar o número, confirmar o captcha e pronto.
Por motivos de privacidade, só é possível identificar um número que tenha titularidade de pessoa jurídica — ou seja, apenas empresas. Ao tentar buscar por uma linha vinculada a um CPF, o sistema informa que não foi possível fazer a identificação.
O Qual Empresa Me Ligou é mantido pelas próprias operadoras de telecomunicações e operado pela ABR Telecom, mesma empresa responsável pela portabilidade numérica.
Nessa primeira fase, serão exibidos números apenas das operadoras Algar, Claro, Oi, Sercomtel, TIM e Vivo. As demais prestadoras devem ser incluídas no sistema no futuro, permitindo a busca de qualquer terminal.
Identificação aprimorada pode chegar aos celulares
Por enquanto, o único meio oficial para consultar a titularidade de um número é através do site Qual Empresa Me Ligou. No entanto, esse tipo de informação poderá chegar direto na tela dos celulares, permitindo que o consumidor identifique com maior precisão antes de atender a chamada.
De acordo Gustavo Santana Borges, superintendente de Controle de Obrigações, a Anatel estuda implementar o protocolo STIR/SHAKEN no Brasil. A tecnologia já está presente em alguns países, e permite que os celulares exibam a origem da chamada na própria tela.
Além de exibir o chamador, o STIR/SHAKEN também garante maior segurança. O protocolo permite verificar a autenticidade do chamador, coibindo práticas de spoofing telefônico (quando alguém disfarça o número real por outro diferente).
A Anatel não divulgou um prazo para implementação do STIR/SHAKEN, mas disse que o recurso será importante por se tratar de uma medida definitiva para o combate a chamadas indesejadas. Por enquanto, apenas medidas cautelares têm coibido robocalls e o telemarketing abusivo.
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